quarta-feira, 6 de julho de 2011

Está árido meu espírito
Minha língua um deserto

Cactos desarrumados
Espalhados pra todo lado

Nem pântanos, nem esgotos
Nem saída pra nada

Chegou a hora em que andar a esmo
seguir em frente,
olhar pra trás
já não satisfaz

Inerte o som no deserto
Tão certo como vento não há
Inerte o corpo na areia
Espírito? Já não está...

Nenhuma flor derradeira
Mesmo que perfume nenhum
Mesmo uma cova rasteira
Sete palmos, 2 por 1

Tão triste a morte em vida
tudo que é belo se esvai
Vontade, cisma - qual nada!
é só o tempo que sai...
 

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