Meus poemas estão amarelados.
Antes estivessem em um sebo,
esfarelando-se, em forma de tomos,
silenciosos como a vergonha
de se urinar em público,
de assumir uma culpa,
de tropeçar no meio de uma parada...
um silêncio que vence a banda,
os falatórios,
um samba.
Meus poemas transformaram-se
em uma ferrugem n'alma,
desesperada por se expor...
mas sem encontrar um zíper - exit -
um botão para livrar-se da dor,
amarela, que corrói...
alma atropelada por um rolo compressor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário