3 anos
3 clínicas
várias recaídas
e, finalmente, quase intacta
o silêncio noturno
quase soturno
palavras circundando
quase circunscrita
a alma que se diz imortal
depois de tantas luas
ainda serei igual??
tão diferente das tantas
que desfilam neste festival??
fumei um cigarro na garagem
não preciso mais escrever no escuro
e, enfim
as palavras chegaram... para quem?
ainda insisto em escrever em versos... para quê?
é essa necessidade intrínseca
honesta
que simplesmente vem.
depois dela o sono vem.
amém.
às vezes sinto como se a poesia fosse uma completa obra musical. A diferença é que os acordes vêm da alma e o ritmo do coração... Não é verdade Aninha???
ResponderExcluirCompletamente verdade, Simey. O ritmo, às vezes da dor que sentimos ou da mais completa satisfação... as palavras simplesmente aparecem sem que tenhamos planejado sua simetria, semântica, gramática, estática... e aí aparecem, breves, semi-tons, allegros, cantantes, dissonantes... tudo uma crucial mistura que corre dentro das minhas veias!
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