Não sei, simplesmente o que é isso que me faz transbordar de amor pelo mundo. É o que me leva, desesperadamente... não, me leva docemente ao caos, mistura de imagens, sentimentos, palavras que surgem a torto e à direita, quando estou perto dele, olhando para seus olhos, que sempre sorriem pra mim.
Coisa? Poderia chamar assim? Sentimento? Poderia chamar assim? Sei lá se essa calmaria é coisa de se tirar e por em algum lugar, acho que já nasceu aqui e nunca saiu daqui mas tava reservada, guardada essa coisa pra quando recebesse a mensagem vinda de meu âmago (é esse!) e então virasse de coisa para sentimento. É, sentimento, é! Com certeza. Corta as entranhas, provoca borboletas na barriga ao simples pensar. Não é vontade de ter, possuir pra mim, somente. É bem diferente disso. É vontade de ver crescer, ser feliz, estar bem! É incondicional esse amor que sinto (sim, é amor!) e que hei de sentir e de oferecer, sem nada em troca, pelo resto de minha vida vã. Pode parecer um papo emo-core, vindo de mim, que sou tão hardcore, mas não tô nem aí pra estereótipos, lugares-comuns, preconceito, falta de vida e de coragem... quero tudo e muito mais falar a respeito de tudo e muito mais e todos e muitos mais que leiam ou não - tanto faz. O que é necessário é extravasar, tornar público não sei ainda para quê... acho que só pra se curar do mal da omissão, do mal da vergonha de expor sentimentos, talvez uma cartada insana para, mediocremente, humanamente, tentar ter para si o que se diz que não se quer prender... será?? Pois essa será uma dúvida para sempre: alguém poderia perguntar 'por que acumular riquezas se não para gastá-las?', outro poderia perguntar 'por que guardar poemas dentro de uma gaveta se os fazemos para regurgitar o que sentimos e queremos que saibam?', outro poderia perguntar 'por que amar tanto e não desejar o ser amado grudado a si?'. Essas são indagações que serão eternamente uma incógnita. Algo que não pode ser explicado mas simplesmente acontece, de tempos em tempos, com alguém. Vivo constantemente, desde o surgir da madrugada até este mesmo momento do dia seguinte com meu amor em meu cérebro, palpitando em minhas veias, palpitando em minha vida, e este amor se estende ao mundo, ao velho e ao novo mundo. Então, me pergunto, novamente: como uma pessoa provoca um sentimento de amor a todas as pessoas? Que matemática insana é essa que é capaz de perdoar pecadores, amar inimigos, sorrir ao receber topadas da vida, admirar aqueles que nada têm e também os que tudo têm???? Sou resultado dessa matemática e gostaria de saber a fórmula... não para me livrar dela, poder desligar esse botão, mas talvez para poder divulgá-la com o intuito de outras pessoas, infelizes por vezes, poderem ser capazes de virar o jogo, reconhecer seu amor entre tantos inúteis, reconhecer a alegria e a maravilha que é o mundo apenas por ele ser esse mundo que contém essa pessoa, que se distingue entre tantas mas que faz parte de tantas, que merecem admiração e amor simplesmente porque essa pessoa faz parte delas, do mundo delas, e, felizmente, do meu mundo.