Que droga é essa de impressão de que sempre estou sobrando? Quando faço o bem, quando faço o mal, sempre tendo que andar em ovos, ter cuidado.
- Cuidado com o que diz! - Cuidado com o que faz! - Se for limpar a casa não faça poeira! (eu me lembro disso!) - Se for me ajudar, faça silêncio! (também disso)
E, agora, de novo, pedir por favor, não se magoe, mas quero te dar um presente. Se não gostar eu pego de volta, fiz para você mas não tem problema se não gosta de mim!
Até quando? Até quando pegarei esse bonde? Deitarei na mesma linha de trem e ficarei esperando até que mais alguém me esmague enquanto palita os dentes?
O pior é que, mesmo fazendo o bem, me sinto culpada. Queria parar esse trem, mudar a posição dessa estrada.
Achar um lugar que não tenha placas de sinalização, um lugar aberto que me deixasse deitar, dormir na relva, plantar, colher, viver como deve viver uma boa pessoa, sem precisar ter medo de fazer um carinho e levar uma mordida.
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