quarta-feira, 4 de julho de 2012

Ricardo coração de papel

Desgraçadamente, percebo em minhas veias a palpitação característica que acompanha a necessidade urgente de fazer versos, escrever prosas... desgraçadamente, porque me encaixo naquele tipo de criatura que só escreve quando sofre. Não tenho nem um poema-rebento sequer feito em um momento feliz. Já que me contorcem os dedos, treme a mão na falta de uma pena, certa estou de que se aproximam negros dias, recheados de rimas mas salpicados de lágrimas feito diamantes espalhados sobre o chão. Não há como evitar a febre, ela é negra como a tristeza, é quente como o fogo do inferno ou talvez gelada como o clima no polo da solidão.


2 comentários:

  1. Entendo o contorcer de seus dedos... Também escrevo quando estou puto!
    Estarei por perto, caso precise de alguém para recolher os diamantes, que sei que não caem para andarilhos torpes!
    Te adoro,
    Rafa.

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    1. Também te adoro. "Eu mandava, eu mandava, ladrilhar..."

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