- as horas passam lentas e constantes
minutos após minutos
e já nem se lembram de qual instante
em qual segundo perderam o tino...
agora circulam frágeis
etéreas como nuvens
produzindo sombras
nos sonhos de alguém
as horas são malvadas
nos tiram o escalpo colorido dos cabelos
põem bigodes nas faces fêmeas
e nos homens, ah, nos homens... nestes, vitalidade sequer há...
ah, essas horas que nos matam aos poucos
essas horas com que não atinam os loucos
elas tornam podre nossa ascendência
elas detêm nossa consciência
para que nos tornemos senis
para que ultrapassemos a juventude
para que em nosso espírito inverta-se o milagre da vida
e nos transformemos primeiro em inocentes
depois em ingênuos e, por fim,
de bengalas nas mãos,
vivamos nosso paraíso particular,
o das lembranças esquecidas e maus tratos perdoados
sem as pedras da vida
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
Tempestade
Meus cabelos em desordem
sentada na cadeira
viola no colo
sem um tostão
caneta na mão.
Tá pronta a canção.
Não foi pra você
... nem foi por favor
não foi de propósito.
Mas digo que
tô crazy, baby!
Mas sinto que
tô crazy, baby!
Se não houvesse todo mundo
Em que mundo
melhor envelheceríamos?
No seu?
No meu?
No limite dos dois?
Nos desmancharíamos em cada esquina?
Beberíamos um cálice de poesia?
Ou apenas regurgitaríamos
nossas dores e amores
pra vivê-los todos de novo?
para Wander de Souza
Meus cabelos em desordem
sentada na cadeira
viola no colo
sem um tostão
caneta na mão.
Tá pronta a canção.
Não foi pra você
... nem foi por favor
não foi de propósito.
Mas digo que
tô crazy, baby!
Mas sinto que
tô crazy, baby!
Se não houvesse todo mundo
Em que mundo
melhor envelheceríamos?
No seu?
No meu?
No limite dos dois?
Nos desmancharíamos em cada esquina?
Beberíamos um cálice de poesia?
Ou apenas regurgitaríamos
nossas dores e amores
pra vivê-los todos de novo?
para Wander de Souza
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