quarta-feira, 6 de março de 2013

Bah! Lela!



Então percebo algo,

finalmente:

sempre me senti

um peixe fora d'água.


Onde está o amor?

O que é o amor?

Invento para amenizar alguma dor?

Vive-se até melhor sem um amor.

Quem não tem,

não tem medo de perder.

Então quem não tem não sofre,

a não ser que não aguente

olhar

para a própria cara.


Aí a conversa já fica diferente.


Tantas atrocidades

já foram cometidas

em nome do amor,

tantos assassinatos,

tantos abandonos...


Dogma

criado para fundamentar

e ratificar

a exigência social

dos relacionamentos

monogâmicos!


Criado também

para o sujeito pensar

que é nobre!

Qual nada!


Agora percebo,

sempre estive enganada:

não há amor!

Estando livre desse entrave

já posso ser eu

sem mais alguém.

Já posso ser feliz

sem uma muleta

a me escorar.


Estando livre

já posso

me considerar

eu mesma,

sem achar

que falta

uma tampa

ou

outra metade!

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