domingo, 5 de fevereiro de 2017

Poeminha inacabado
Não mande em mim essa tal de mídia
De tramp não quero saber
Tenho trampo pra fazer
Lixo em casa, para varrer...
Tem tanta coisa aqui, pra resolver.
Tem familia
Tem trabalho
Tem a alma pra crescer.
Mídia a gente desliga
E vai buscar o que fazer.
A mídia é uma cortina
Que nos tira o bem-querer:
A conversa com a vizinha
A limpeza da nossa cozinha
O abraço em quem nos visita
A conversa no meio
Da rua
No parque
Ou na esquina.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017



Parabéns, meu bem

pelo seu

pelo nosso

pelo aniversário

de nascimento
casamento
vida
e morte.


Parabéns por estar vivo

depois de tanta maldade

que lhe fiz provar.


Na sala de estar

não tem mais nada

virou cozinha

e não vivo mais sozinha

tenho mãe para cuidar


ah... não tenho portas para conversar...


Parabéns, meu bem, e

Perdoe

pelos sonhos mal sonhados

pelas dores escondidas

e as contas do mercado


Perdoe, também

pelas mentiras de mentira

pelas caras e bocas femininas

de quem não vivia para si

mas para quando você estacionava

o carro e chegava em casa


Perdoe pelos filhos

vieram tantos

e casamos para ir à capital.


Perdoe pelos apelos

pelas tatoos e pelos quadros

os quais, "sem ovos, não sabia pintar".


Perdoe essa professorinha

de escolinha

que escolheu não crescer.


E parabéns pela força

de suportar-me

de cama a louça

sempre por fazer.


Digo que jamais lhe esqueço

não pelos filhos

não pelo endereço

mas pelo apreço

que lhe tive...

que te dei meu berço

esqueci origens

esqueci de mim

desdenhei de tudo


Você foi meu mundo.


Parabéns.


Somos todos leões nesta arena.
Todos somos moeda de prata. Se bem que o miolo é de bronze.

Somos tristes párias bem vestidos pro funeral da última das vaidades... a alegria!
Somos aquilo que corrompe e apedreja a boa ação da obediência...
Somos vilões da desobediência!
Nesta arena, todos somos leões e comemos comemos uns aos outros para os outros.
Somos os autores da matança de outros para alimentar nosso espírito vaidoso. Somos atores de nossa própria gula de preconceito e pouco caso.
Seremos filhos bastardos daquilo que nos criou? Deccerto não foi o amor. Pensamos que sabemos podemos compreendemos mais que todos.
Mas no fundo somos quaisquer outros, inundados de uma falsa cultura, descaso de nossos e outros corpos que nem mereceríamos tocar ou ser tocados se nos fosse revelada nossa verdadeira face
.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Casei, tive filhos
marido
e tenho emprego.

Mas de longe essa é minha era

... eras na vida a pomba predileta!...

Talvez um dia caia da real.
Não me leve a mal,
mas a essa minha vida
falta um pouco de sal!

Acho que não sou normal!

Queria ser uma Cecília
uma Clarisse
um Baudelaire,


... uma flor do mal!

terça-feira, 17 de junho de 2014

Gosto de te ver
comer com gosto,
um jeito de boca,
um jeito de tragar da vida
tudo num gole só...
de engolir do ar
tudo com intensidade,
tudo que de bom
ou mau aparecer.
Gosto de te ver
comer com gosto,
um jeito de boca,
um jeito de tragar da vida
tudo num gole só...
de engolir do ar
tudo com intensidade,
tudo que de bom
ou mau aparecer.


... tua pele
teus líquidos
teu fluído
teu tudo
que se mistura ao meu
e que parece que é pra sempre
o que nem se prometeu!
Quando, feito potranca,
te derrubo de minhas ancas
pra ter mais um beijo teu,
morrer no teu abraço,
laço forte que me agarrou,
interminável abraço
que até minh'alma aprisionou,
intenso e tenso
ou tenro como o orvalho das manhãs.
No quarto, revirados,
os despojos de uma guerra...
roupas calcinhas e sutiãs
copos com água pela metade
não há tempo para a vaidade
não há tempo nem vontade
pro cafezinho de manhã!
O passeio pelos teus pelos
leva-me a devaneios - tua voz rasgando o silêncio
in utero
smells like teen spirit
trying... just a little bit harder...
Hey! A whore?....
More...
like a rolling stone.
Você é música
para meus olhos
videoclipe massa
do caralho
que não passa
não se repete
não se desliga
sem controle
nem manual
nem remoto.
Amo-te!

quinta-feira, 15 de maio de 2014


Odd Nerdrum - The Kiss.


Assim amo meu amor
Sem cor
Sem dor

Num eterno beijo
Meu consorte
Minha vida
Minha morte!

quinta-feira, 13 de junho de 2013

bobagem confiar em vocábulos
usados por todo mundo
se os olhos são a janela
pela qual se vê o mundo